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Posts Tagged ‘Negativismo’

O Capitão da Força Aérea Americana, Edward Murphy era um dos responsáveis por testes realizados em pilotos de aeronaves, só que o aparelho que utilizava deu pane justamente no momento crucial da medição dos batimentos cardíacos e respiração destes.  Daí surge a célebre frase “se algo tem a mínima chance de dar errado, ela dará”, nascia então a Lei de Murphy, que vitimava inauguralmente seu criador.

O pessimismo foi lido primeiramente com destaque a partir do século 19 com Lord Byron. Pode-se enfatizar formas de pessimismo diversas, desde a insatisfação completa diante da vida, melancolias e negativismos como conseqüências de problemas neurológicos ou psíquicos, ou até mesmo questionamentos filosóficos levantados ao longo da busca do entendimento total sobre a existência humana.

Ao se fazer uma breve apreciação do movimento literário denominado Romantismo, notamos que uma de suas características marcantes é o pessimismo. Isso se explica basicamente por que o romântico em si normalmente é o apaixonado platônico, aquele que busca amores impossíveis, e essa impossibilidade culmina no apse do pessimismo. Existem muitos motivos para se desejar esse sofrimento, ainda que inconscientes, tal como o narcisista que deseja que os outros o vejam sofrendo para que seja centro das atenções, ou ainda aquele que se acovarda diante das dificuldades que surgem durante a conquista, enfim, o amor rima tão bem com dor, mas este pessimismo é que precede o amor.

É notável o pessimismo em todas as artes, não só nos escritos. Indo das poesias macabras de Álvares de Azevedo, com toda sua melancolia, idealização de amores impossíveis encontrados em desejadas virgens, frustração, sofrimento, morte que culminam como numa profecia de sua própria e precoce ‘destruição’, até os quadros de Goya, que como avaliou Hughes: “Eles refletem o interesse mais geral e inquestionavelmente mórbido de Goya no canibalismo como uma metáfora dos extremos humanos, o da brutalidade (‘homo homini lupus, “o homem é o lobo do homem’) e o da crueldade terminal do apetite desenfreado.(…) São pequenos quadros pessimistas e céticos(…)”.

Com o advento do capitalismo, e sua desenfreada busca por riquezas resultantes de ambições, estas derivadas da fração hedonista de cada um e do próprio narcisismo em si, surgiram inúmeros críticos quanto ao resultado desse sistema econômico. O que por sua vez levou a um ideal pessimista do futuro da humanidade profetizado por grandes pensadores, tais como Marshal Sahlins e Louis Dumont.

[Continua]                                                                                                 

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