Duas notas apenas,
Vela a dor de quem acena.
Do orifício desajustado,
Dos quatros cantos de quem condena.
Não me retires da luz,
Sombrio cordial,
Da ausência fatal,
Do que faço a jus.
E enquanto canta o pássaro,
Canto eu a tempestade,
Devasta a universalidade
O monstro, o verme, o tártaro.
Raio desvia a fúria
Que tange o horizonte intocável
Cá, prostra-se a penúria
Da miséria inviolável
O animal que vira e gira, gira e vira,
Permanece no vértice de meu cárcere incolor.
A necessidade que alarga e expira
Do que é nômade, aspecto violador.
Ensina, afina e não esquece,
Do fraquejo diante a sina
E de bom aluno que padece
O fato de renegar sua futura rotina.
Ponho doce fim ao drama,
Sacudo a poeira do que ficou,
A pele, no seco, escama.
O buraco, a parede. Empoçou.
“O montro, o verme, o tártaro” … Augusto dos Anjos! *.*