Cinco passos circulares.
Mas apenas quatro se destacam.
No jogo da solidão,
Dançam os escravos seculares.
Um sapato sem solado,
De pés sem harmonia.
Na parede e no telhado,
Descalços sem sincronia.
Na diversidade da sinfonia,
Aniquila-se um par,
Dois a menos, ou apenas um.
Isolamento circular.
Peculiar cruzar crivado,
De cruzes cativas, minas.
Como cultivo de bombas, as sinas
Dum pé, mal passado.
Não há sobriedade de encanto,
Nem embriaguez de esperanto,
Que faça no caminho linear,
Descompassos emocionais acatar.
Nem rimas frias, poucas e cruas,
Nem pés molhados, frios e úmidos,
Que saciem o ocultismo das fraturas,
De paredes subterrâneas, sem calços.
E o transpor da linearidade,
Que configura a poesia solitária,
Destes pés que vos ironizam,
Como mãos, que vos escrevem.
Foi o poema teu que mais gostei! Mesmo! *-*